quarta-feira, 9 de novembro de 2011

A CASTRAÇÃO

Ajoelho-me lentamente diante do terrível Falno. Percebo que nesse momento tudo silencia e até o mar da paixão decidiu parar e suas ondas não chegaram à praia da infância. Nesse momento meus joelhos já tocavam as areias de branco mármore. Elevo meu rosto e me vejo diante da genitália masculina de humano adulto da tal criatura. Eu podia sentir o cheiro de seu sexo invadindo-me as narinas. Despertando em mim uma euforia de sentimentos que me transportavam entre extremos como o amor e o ódio, o prazer e a dor, o sagrado e o profano se choraram dentro de mim nesse momento. Meus olhos lançavam lágrimas que me molhava todo o corpo misturando-se ao suar frio que percorria minha pele. Meu coração se dilacerava em batimentos tão fortes que fizeram minhas veias saltarem em volume de maneira que minha imagem tomava a forma de um ser enraizado por cipós de árvores centenárias. Elevo minhas mãos na direção do órgão que provocara em mim toda essa turvação dos meus sentidos. Chego a tocá-lo e percebo o calor que dele emanava. O contato de minhas mãos no sexo do Falno provocou em mim uma descarga de energia que com certeza provocaria o meu fim se eu não decidisse fazer algo naquele momento. Como quem luta contra o poder destrutivo causado pela aproximação do sol eu descido aproximar meu rosto da genitália do terrível ser. A pele de meu corpo parecia que entrava em um estado de derretimento. As narinas começavam a queimar por conta da aproximação ao órgão que exalava ainda mais cheiro de sexo. Num gesto de desespero final eu beijo o órgão sexual amparado por minhas mãos. Sentindo que meu corpo não suportaria mais a violência da perturbação energética provocada pelo contato de minhas mãos e de minha boca no órgão sexual do terrível Falno, descido arrancar-lhe o sexo utilizando a violência de um movimento abrupto embalado pela violência da energia perturbadora que percorria meu corpo naquele momento. Um tenro uivo se fez ouvir por toda a ilha da praia da infância. A violência do tal grito foi tão destruidora que mudou toda a configuração do cenário apresentado até agora.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MEU MUNDO INTERIOR

DEPOIS QUE VOCÊ SE FOI.
O grande mar de águas oceânicas, profundas e inexploráveis, que protege em suas entranhas lendários seres fantasmagóricos, neste momento, agitasse de maneira revoltosa e implacável. Neste mar, apenas meu barco sem velas nem motores de poupa, com remos quebrados e bussolas sem norte, viaja desgovernado. Eu me percebo a deriva navegando por águas das quais já naveguei e que por isso me despertam medo mortal. Os ventos lançam meu barco contra os arrecifes pontiagudos. As neblinas caem sobre as águas turbulentas e, como se não bastasse o meu desespero, uma chuva de lá caem torrencialmente enchendo meu barco de maneira que já começa ameaçar a afundar. Corro para todos os lados na tentativa de encontrar algo que me possa renascer o desejo de continuar essa luta pela vida. Onde estará minha HARPA encantada de olhos azulados que sempre teve o poder de me encher de amor e alegria pela vida. Que com suas músicas sempre me transportou para lugares de sonhos encantados e de paisagens lindas e inebriantes de prazer. Lembro-me que nunca a tive só para mim e por isso não está comigo. Percebo que a única coisa que me fará sobreviver a esse desespero será a esperança de novamente poder ver, mais uma vez, a HARPA de olhos azuis tocar e encantar as multidões levando todos a êxtases de puro prazer.
Relâmpagos de lembranças do passado tentam despedaçar meu pobre barco. Não tenho a quem recorrer. Tudo parece ser a fúria de Poseidon por não aceitar que entre os mortais possa existir sentimentos de tamanha grandeza quanto os que guardo em mim, de forma devota, para com a HARPA de olhos azuis. Desta feita parece-me que não terei chances de vida. Percebo que nesse momento não é o medo da morte que me desespera, mas a idéia de não poder ver mais uma única vez a HARPA de olhos azuis. Descido então continuar lutando contra todo esse cenário de horror. Não é a morte que temo, então não poderei parar de lutar. Caminho em direção ao convés do barco, olho firme para tudo que acontece e aceito a realidade imutável da vida. Tal realidade não poderia ter outro nome que não fosse finitude. Compreendo que tudo tem um fim. Minha vida, o mar revolto da paixão, a tempestade da solidão, as chuvas de lágrimas de tristeza, os relâmpagos das lembranças, os arrecifes pontiagudos do esquecimento, as neblinas dos risos caluniosos, o barco da esperança, a HARPA de olhos azuis, e até mesmo o senhor Poseidon, pois sem os mortais não existiram deuses para serem adorados. Compreendo que devotar é o mesmo que ofertar, entregar-se voluntariamente, sem cobranças e nem esperança de reconhecimento, é amar incondicionalmente, independente de tudo e qualquer coisa ou pessoas, é querer e fazer o melhor para o outro sem esperar recompensas e nem elogios.
Derrepente algo novo aconteceu! O meu medo já não me imobilizava não me paralisava. Derrepente meus pés tropeçam na ancora do desejo de amar. Sem pensar duas vezes, eu a lanço ao mar da paixão. Ela desceu rapidamente com a velocidade de quem se lança aos braços de um amor verdadeiro. Sei que agora não poderei avançar, pois com o barco da esperança ancorado pelo desejo de amar ao mar da paixão, só me resta trabalhar para esvaziar as águas da chuva de lágrimas salgadas que tentaram alagar o barco. Esperar que a tempestade se dissipe é sem dúvidas a melhor coisa a fazer. Outro dia de sol de alegria nascerá com certeza.  E quando esse dia chegar a HARPA de olhos azuis terá olhos verdes de esperança em encontrar no meio da multidão alguém que a possa amar de maneira tão surpreendente e que penetre seu coração com a mesma força que suas músicas tocam a fantasia de seus adoradores. Enquanto isso, esperarei aqui mesmo, no meu pobre barquinho da esperança sonhando em te encontrar mais uma vez.
UM SINAL
Derrepente e não mais que derrepente, uma curta sonoridade ecoa por trás dos montes da dúvida. Percebo que tal sonoridade é nada mais que uma nota musical entoada. Após os gritos de euforia dos povos que se encontram distantes de mim, localizados a praia do mar da paixão percebo que tal sonoridade partiu da vibração de uma das cordas da HARPA de olhos azuis. Pois só ela tem o poder de provocar em seus seguidores a euforia da alegria. Mais uma vez se reproduz a sonoridade ouvida outrora. É sim uma nota musical! SOL! Essa é a nota. Eu pude logo identificar. Mas o que ela significaria para trazer tanta alegria assim àqueles que a seguem? Percebo que ela não está tão distante assim de mim. Ainda posso ouvi-la. Nesse momento um raio de luz se apresenta dissipando a tensa neblina dos risos caluniosos. Na penumbra pude perceber que meu pobre barco da esperança já não se encontra alagado pelas águas das chuvas de lágrimas salgadas.  Nesse momento ma voz suave e confortante me cobra a atenção. Olhando para cima percebo uma figura plácida que flutua de forma graciosa. É a fada da Prudência, que logo me adverte de que ainda não é tempo de puxar a ancora do desejo de amar. Não é hora de tomar direção alguma. Pois ainda não estão verdes os olhos azuis da fabulosa HARPA. – Não te apresses em te apresentar! Adverte-me a fada da prudência.  – Para que sonhos se concretizem é necessário que exista cumplicidade de desejos. Ensina a fada da prudência. Rapidamente a fada da prudência desaparece sem que eu pudesse perceber ao menos a direção que ela tomou. Assim, resta-me apenas evocar todo tipo de sorte e felicidade para a HARPA de olhos azuis, na expectativa de que todos seus sonhos possam se tornar realidade e que possas sempre existir de forma tão graciosa para que teu trabalho tenha a continuidade da eterna satisfação dos que te apreciam. E que eu possa, devotamente, presenciar teu sucesso e tuas vitórias. Aguardando o dia em que teus olhos se tornem verdes de esperança em encontrar no meio da multidão alguém que a possa amar de maneira tão surpreendente e que penetre seu coração com a mesma força que suas músicas tocam a fantasia de seus adoradores.

O ENCONTRO

Ainda perplexo com o encontro com a fada da prudência e sua partida abrupta, fiquei como quem estava adormecido. Parado, olhando para lugar nenhum, fiquei como quem não esperava nada mais da vida. O tempo para mim não importava naquele momento.  Aos poucos fui percebendo uma imagem, ainda muito distante, se aproximando de mim de maneira bastante calma. Há medida que se aproximava, eu podia perceber que tinha a forma humana, caminhava como homem e vestia-se de seriedade. Cada vez mais perto eu entendia que ele vinha em minha direção como quem tinha a intenção de me falar. Mas, assim que ele se aproximou do barco da esperança notei que ele elevou-se a uma altura que o podia ver diante de mim com total clareza. Percebi que seu rosto era como um espelho, que devolvia a imagem de tudo que estivesse diante dele. Assim que ficamos de frente um para o outro contemplei o reflexo de meu rosto no seu. Um corpo estranho que, nesse momento, me lançava de volta a minha própria imagem. Era como se eu estivesse diante de mim mesmo. Perguntei seu nome. Nesse instante que o indagava, notei que a minha imagem nele refletida não repetia o meu movimento de fala. Após o cerrar de meus lábios, a imagem de meu rosto refletida na face do ser diante de mim começou a se expressar.
- Sou Ana Lisa. Respondeu-me o ser de forma masculina. Sei que deveria ficar confuso por ver alguém de forma masculina, que tem nome de mulher e que não tem imagem facial própria, mas reflete tudo que esta em sua frente.
- Boa observação a sua. Respondeu-me ele. – Por isso que diante de você sou percebido tal qual você me descreveu, pois assim é você.
Logo lhe perguntei que lugar era esse que tudo podia acontecer. Sua resposta veio de imediato. - Esse é o lugar sem tempo. Aqui tudo acontece agora. Passado, futuro e presente acontecem ao mesmo tempo. Você pode se ver nascer e morrer ao mesmo tempo em que continua vivo para presenciar tudo.
Continuando a falar, ele prosseguiu dizendo: - Esse é seu mundo interior. Todas essas manifestações vividas aqui por você são criações suas. São registros de tudo que você já vivenciou e que foram registrados e internalizados por você. E é através desses registros internalizados que você se comunica com o mundo exterior. Provocando assim uma sucessão infindável de repetições. Aqui você é algoz e refém de você mesmo. Você é senhor e escravo. E todas essas manifestações que você vivencial desde que chegou aqui, são formas oníricas de fatos vividos por você.
Uma angústia terrível de apoderou de mim nesse momento. Sentir que era escravo foi para mim forte demais. E saber meu algoz era naquele momento a mesma pessoa que sofria as dores provocadas por mim mesmo, deixou-me em perplexo desejo de nunca ter existido. Fiquei novamente extático olhando para aquele ser que refletia a minha imagem. Comecei a ter uma sensação de que iria explodir. Era como se uma batalha terrível estivesse sendo travada dentro de mim. Após um período de tempo incalculável perguntei: - como saiu daqui?
- Não poderás! Respondeu-me Ana Lisa. – Sempre estivesse aqui, esse mundo ti é tão familiar quanto o outro que vives, apenas o olhas de maneira direta agora. Nesse momento enquanto me ouves falar aqui nesse mundo para ti, estás no outro mundo trabalhando, estudando, correndo, rindo, chorando, e, à medida que vive essas coisas, trazes para cá cada vez mais coisas que se representam de forma onírica.
Comecei a questionar quem eram então a fada da prudência e a HARPA de olhos azuis? Mas antes que obtivesse resposta, percebi um barulho que surgia da cabine do barco. Olhei para traz e vi uma criança se aproximando de mim. Tinha cabelos castanhos cacheados como os de anjos. Vestia um terno em xadrez preto e branco, sapatos brancos de couro, e olhava para mim com olhar de doçura e densa carência. Como quem clamava por ser adotado e amado. Nesse momento não pude resistir a tão frágil presença. Simplesmente o contemplei. Coloquei-me em sua direção, ajoelhei-me e chorei por simplesmente sentir tudo que ele sentia. – Onde você estava? Perguntei.
- Aqui mesmo. Respondeu-me a criança vestida de adulto. – Sempre estive aqui, mas você nunca me percebeu, exceto agora.
- Qual seu nome? Indaguei-lhe.
- Desejo. Respondeu-me a criança.
Sem saber como explicar, percebi que o barco da esperança agora tinha uma tripulação que compostas por três membros. Éramos eu, Ana Lisa e desejo no barco da esperança, presos ao mar da paixão pela ancora do desejo de amar. Nesse momento uma canção se espalhou pelo ar. Ouvi sons como de águas e ventos, batidas, vozes em coros e uma inigualável voz que dizia: - Escute seu coração!
- De onde vem essa música? Perguntei.
- É a HARPA de olhos azuis quem está tocando. Respondeu-me Desejo.
- E porque não a posso ver agora? Perguntei.
Nesse momento Ana Lisa olhou para Desejo como se soubessem a resposta, mas, estivessem surpresos por eu não compreender. Uma desconfiança assustadora me toma de maneira que começo a estremecer. Da maneira como se olharam, com tanta intimidade, chego a suspeitar que são a mesma pessoa. – Mas como isso é possível? Pensei. Mas antes que eu pudesse manifestar minha curiosidade. Ana Lisa me disse: - É necessário que saiamos daqui!
- Mas como? Perguntei. – a fada da prudência me disse que não era momento de desancorar o parco da esperança!
- Não precisamos fazer isso para sair daqui! Me respondeu Desejo.
- E como faremos? Perguntei.
- Caminharemos! Respondeu Ana Lisa.
- Não afundaremos? Questionei com olhos de perplexidade.
- Só se você quiser! Respondeu-me Desejo.
Como se a gravidade não existisse, percebi que estava-mos caminhando sobre as águas do mar da paixão em direção a praia da infância. A medida que nos aproximava-mos da praia da infância o cenário se tornava ainda mais claro como se o dia estivesse raiando. E lá, uma nova criatura nos aguardava parado sobre a areia da praia olhando em nossa direção. A medida que nos aproximava-mos eu começava a perceber que se tratava de um ser totalmente diferente de tudo que já tinha visto antes. Comecei a ficar aflito e por um momento parei como que por uma paralisia nervosa. Fiquei por um momento estático. Ana Lisa e Desejo seguiram em frente e logo estavam na areia da praia junto ao ser de aparência estranha que olhava diretamente em meus olhos. Comecei a olhar em volta e percebi que a praia lembrava uma ilha. Logo ao fundo e depois das areias tinham árvores enormes e verde que brilhavam como jóias. Desejo se voltou em minha direção acenando com a mão para que eu continuasse a caminhar. Decidi continuar caminhando em direção a todo esse cenário novo que de apresentava a minha frente. Logo que cheguei me vi em frente a um ser que era metade homem e metade cabra. Suas pernas, assim como sua cabeça eram de cabra, tinha o tórax e os braços fortes de homem.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ANDROGINIA: UMA POSSIBILIDADE DE SUPERAÇÃO À DICOTOMIA DE GÊNEROS

Referindo-se ao ser humano, podemos dizer que, comumente chamamos de andrógeno os indivíduos que aparentam características físicas masculinas e femininas. Porém o tema é bem mais sugestivo do que parece. No entanto, no que se refere ao humano, e por ser este um sujeito, também, social, a temática pode ficar ainda mais complexa. A androginia não é apenas a junção de características físicas do masculino e feminino. O termo pode ser também utilizado para falar de pessoas que assumem características culturais e ideológicas que correspondem ao universo masculino e feminino.
Além das características biológicas e sociais, o ser humano é dotado de [1]alma”. Por sua vez a alma é uma instância do ser humano onde os sentimentos não passam pelo crivo das construções culturais e biológicas. Assim, a origem e a separação dos sexos é apenas uma ilusão criada pela materialidade e pela existência do corpo físico, com o processo evolutivo da Humanidade, no qual mais e mais da alma vai-se aos poucos conseguindo trazer para a existência, seria (e é) inevitável que uma consciência desta androginia mais cedo ou mais tarde nascesse. Pois é justamente isso que vem acontecendo na humanidade. Até alguns anos a definição de gênero era uma definição simplista e dualista: homens e mulheres formavam a espécie humana. Os papéis e as posturas sociais de cada gênero eram muitíssimo claros e definidos. Com o avançar do Século XX e, mais ainda, com o início do Século XXI, uma nova visão sobre os gêneros e a sexualidade humana brotou e veio confrontar a instituição moral vigente na sociedade. Os gêneros humanos se multiplicaram, frutos de uma nova consciência sobre a própria sexualidade e frutos da tecnologia aplicada. As formas de relacionamento assumiram facetas plurais e fluidas. Como resultado desta mudança, emergiu o conceito da [2]pansexualidade”, múltipla e mutável e, em, último julgamento, tão diversa quanto, diversos são os indivíduos humanos.
Um dos pontos mais incisivos nas sociedades humana é a divisão das pessoas em dois grupos separados e "opostos", chamados de “homens” e “mulheres” ou de gênero masculino e feminino. Arbitrário e artificial, essa dualidade de gêneros não possui nenhum suporte científico, mas as pessoas vivem e agem como se ele fosse um fenômeno verdadeiro e completamente natural. A androginia tem sido considerada como uma estratégia para superar essa “oposição” e exclusão recíproca em que se baseia a idéia de gênero. Na androginia, a masculinidade e a feminidade deixam de ser concebidas como duas categorias opostas e passam a ser compreendidas como duas categorias individualizadas, de tal maneira que a pessoa pode pertencer a ambas, ao mesmo tempo, pois não existe exclusão recíproca entre elas. Assim, uma pessoa pode combinar vários componentes de masculinidade e feminidade em qualquer número de modelos de comportamento, segundo suas preferências individuais, necessidades e própria natureza. Desta feita, a androginia representaria todas as combinações possíveis entre as categorias homem e mulher (masculino e feminino).
Na pós-modernidade o conceito de androginia tem sido bastante refutado por diversos autores, sob a alegação de que, na prática, ele só confirma e reproduz elementos da velha divisão arbitrária de feminino e masculino, devendo, portanto, ser abandonado. A fundamental crítica à androginia é, portanto, de que devemos mover-nos além da dicotomia de gêneros, a fim de superarmos a esquizofrenia cultural e social produzida e sustentada por ela. A dicotomia de gêneros deve ser superada a fim de que as pessoas possam desenvolver a sua própria e única identidade. Faz-se necessário lutarmos em busca de uma desconstrução dessa arbitrária bipolarização de gênero, de tal maneira que existam tantos gêneros quantos habitantes existirem no planeta.


[1] A expressão alma aqui está referindo-se a capacidade de sentir e interpretar seus sentimento e emoções. E este é um fenômeno que se manifestará de maneira única em cada ser.
[2] A pansexualidade é caracterizada por atração estética potencial, amor romântico e desejo sexual por qualquer um, incluindo aquelas pessoas que não se encaixam na binária de gênero macho/fêmea implicado pela atração bissexual. Algumas vezes é descrito como a capacidade de amar uma pessoa de forma romântica, independente do gênero.


segunda-feira, 3 de outubro de 2011

QUIMERAMOR

Das quimeras existentes a mais temível é a que se chama AMOR.
Com várias cabeças que respondem por nomes diferentes elas podiam ser conhecidas como:
Amor corporal, Amor de alma, Amor branco, Amor político, Amor filosófico, Amor religioso, Amor idealista, Amor materialista, Amor científico, Amor capitalista, Amor divino, Amor pardo, Amor homo, Amor profano, Amor reprodutivo, Amor mortal, Amor vital, Amor glutão, Amor beberrão, Amor dependente, Amor efêmero, Amor hétero, Amor negro, Amor comprado, Amor cego, Amor de verão, Amor bizarro, Amor polêmico, Amor terrorista, Amor inconsciente, Amor libidinal, amor reprodutivo, amor virtual, amor poético, Amor racional, Amor imortal, amor eterno, Amor de rua, Amor nacionalista, Amor de vanguarda, Amor passional...
E cada vez que uma dessas cabeças da monstruosa quimera tocava em outra, uma nova cabeça nascia com um novo nome que a representasse.
Assim essa monstruosa criatura precisava do maior numero de pessoas possíveis para saciar a fome de suas ferozes cabeças famintas por vidas.
Muitos seduzidos foram devorados vivos enquanto buscavam a saciedade de seus mais profundos desejos.
Quem poderia então destruir tal mostro que possuía tantas cabeças famintas e sedutoras mas que carregava apenas um coração?

QUEM É QUEM?

Descobri que a beleza é extremamente frágil e imaculada;
Não resiste a todas as luzes, nem aos fortes ventos.
Precisa de lugares especiais para que se eternize.
Não aquenta a solidão e nem o silêncio, muito menos a falta de olhares devotos.
O feio, de tanto ser maltratado já sabe que o seu caminho é de pura solidão;
E de tanto vazio, aprendeu a meditar e descobriu que durante sua existência ficou forte
Forte suficiente para saber que a beleza não sobreviveria se não fosse sua dedicação por ela!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Um lugar chamado PAI

Um lugar longínquo onde tudo que foi criado teve a obrigação de ser grande, inesquecível, avassalador e imprevisível. Uma terra dominada por magias desconhecidos, mas poderosas o suficiente para mudar tudo e qualquer coisa. Um lugar dominado por seres constituídos de duas naturezas. Seres distintos e antagônicos que eram ligados pelo mesmo Gorpo. Seres andróginos que por onde passavam despertavam paixão e medo. Estes seres eram dotados de uma natureza dual e possuidores de forças completamente antagônicas. Eram amorosos e de estremo bom gosto, destruidores e possessivos. Ninguém que os amassem poderia suportar viver esse amor, tamanha a violência como ele era demonstrado. Nessa terra distante até o belo e o feio eram ligados por corpos siameses.
Durante muitos anos acreditou-se que a única forma de estabelecer o equilíbrio nesse universo seria através da separação de fato desses corpos sofredores de ambígua natureza. Mas todas as tentativas mostraram que após a separação nenhum sobrevivia sem o outro. Muitos foram sacrificados nas tentativas de uma possibilidade de vida após a separação. Diante do fracasso das inúmeras tentativas, os simples partiram dessa terra abandonando os andróginos a sua própria sorte.  Os simples eram povos comuns iguais a todos os outros que estão espalhados pelo planeta chamado vida.
Os simples eram seres que tinham uma única natureza. Alguns eram bons e outros maus, uns belos e outros feios, uns sábios e outros ignorantes, uns pacificadores e outros guerreadores. Tentavam viver de maneira equilibrada através da política de familiaridade. Eles se agrupavam de acordo com as semelhanças que tinham com os outros de sua espécie. Então, existiam aldeias repletas de feios e outras de belos. Povoados inteiros eram habitados por pacificadores, enquanto outros eram repletos de guerreadores. Entre os simples, enquanto uns crescem outros morrem por conta da política familiar da qual eles escolheram para viver.
Vida é um planeta de um sistema solar desconhecido que vaga errante pelo universo sombrio. Em Vida tudo tem alma. Até as pedras podem sentir e demonstrar alegria e tristeza. Um planeta habitado por formas de vida das quais em lugar nenhum pode ser visto. Um lugar onde até o ar tem vontades e desejos. Em vida até o mar movimenta-se de acordo com seu próprio desejo.
O maior desejo dos andróginos era poder sentir a paz de vivenciar um único sentimento que não fosse antagônico, conflitante. Os andróginos, assim como todos os outros seres eram dominados por uma única lei universal. A lei que proibia qualquer um de mudar sua própria natureza. Assim, todos seriam para sempre da forma que foram criados. Essa era a lei do PAI, esse lugar encantador e terrível.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

UMA LEMBRANÇA DA INFÂNCIA

Domingo, casa dos meus avós paternos, a família estava toda lá.
Minha avó, matriarca da família, conseguia reunir todos em volta da mesa para o almoço familiar.
Depois do almoço todos queriam conversar.
Eu ainda com seis anos preferia ir brincar!
Junto com um amigo, no fundo do quintal da casa nós urinávamos por todo o lugar.
Como não era de estranhar, nós crianças com tudo queríamos brincar,
E por que não explorar o pinto que tava lá.
Chega meu pai furioso a me bater e me retira do lugar.
De volta à sala de estar,
Eu continuava a apanhar.
A surra foi tão grande que cheguei a desmaiar,
E todos a correr,
Pois queriam me socorrer.
Outra vez acordado,
Vi-me logo numa cadeira sentado.
O meu pai ainda irado,
Com seu dedo apontado,
E um sermão todo montado.
Ele começou a dizer...
Eu te bati pra você aprender,
Que com seu pai você tem que parecer,
E isso nunca mais volte a fazer.
Só me pergunto, porque não me disseram antes,
Que meninos brincantes,
Devem manter seus pintos bem distantes.

A CRIANÇA/ADULTO EM MIM

Sou criança verdadeira...
Sou adulto mentiroso...
Na mentira de ser criança verdadeira...
Sou a verdadeira mentira do adulto...
Agora, sem mais verdades e mentiras...
Nem adulto nem criança...
Apenas o ser que se pode ser.

K M

A realidade às vezes me faz sentir em um deserto árido
Castigado pelo sol da indiferença de pessoas que se olham
Mas não se percebem

Cansado, de caminhar sentido nos lábios o ardor do sal
Sou surpreendido pela doçura de teu olhar
Mas tudo não passava de uma miragem

Não era pra mim que olhavas
Diante de teus olhos minha insignificância é como grão de areia

Não me resta mais nada
A não ser te mirar até que o sol me consuma


Estou apaixonado

QUANDO EU CRESCI

Estudando para meu tcc, sobre a relação entre crianças e adultos, descobri que ainda em mim carrego uma criança que espera dos adultos todas as verdades que nunca foram ditas. Eu ainda espero dos adultos um outro comportamento para comigo. Mas quem precisa mudar a forma de se relacionar com esta criança em mim é o adulto que sou. Não posso continuar esperando que os outros mudem sua maneira de se relacionar comigo. Eu vou mudar a forma de me relacionar comigo e vou me tratar da maneira que eu gostaria que os outros me tratassem. Vou ser para mim o que passei todos essas anos esperando que os outros fossem.

DOIS AMORES

Como pode alguém ser tão diferente assim.
Poderia ser diferente se eu fosse igual.
Mas, sendo diferente de todos me tornei igual.
Estou frágil e inseguro, assim como todo apaixonado, amante eu estou temendo o desconhecido.
Apaixonei-me por uma situação.
Como será isso daqui pra frente?
Tenho medo de perder!
Mas quem?
Eu?
Não consigo parar de pensar, penso em cada um deles como se formassem um só.
Nesse momento, enquanto escrevo, me percebo completamente afetado por um sentimento que a anos eu não sentia.
Sinto-me invadido por um sentimento de leveza, bem estar, alegria, conforto, prazer, bem querer, satisfação...
E o medo?
Aos redores de tudo isso!
Como se nada disso pudesse perdurar por muito tempo.
Será verdade?
De quem é essa voz que me atemoriza?
E porque não pode ser assim?
Se o AMOR é algo tão bom e desejado por todos, porque não pode ser distribuído, compartilhado, vivido e experimentado por mais de um ao mesmo tempo.
Será que por amar esse, este e aquele o amor tornasse mais frágil ou ficaria ainda mais forte?
Pois assim ele estaria multiplicado e não apenas somado.
Mais assim eu estaria amando a todos ou a situação?
Nós amamos alguém ou amamos a situação de estar amando?
O que queremos quando amamos?
O que fazemos DO amor que sentimos?
O que fazemos COM o amor que sentimos?
O que fazemos POR aqueles que amamos?
O que fazemos CONOSCO quando estamos amando?
Do com por conosco?!
Mas o que será isso?
Vou viver, e um dia contarei a vocês, quem sabe vocês queiram me ouvir...

DEPRESSÃO

Todas as vezes que me percebi deprimido eu estava demasiadamente preocupado com questões que eram exclusivamente minha. A minha depressão dizia do meu egoísmo, do meu sentimento de exclusividade na vida. Então, para mim É VERDADEIRA a frase: DEPRESSÃO, A FILHA LIGÍTIMA DO EGOISMO.

PASSADO PRESENTE

Eu tive um amor. Eu amei e fui amado.
Mas em que condições eu vivi esse amor?
Na condição que todos me ensinaram.
Achei que contigo eu estaria completo.
Embora completamente eu estivesse enganado sobre o que é amar.
Eu, no amor que sentia por ti, entronei-te em minha vida de forma que teus desejos me eram ordens reais.
E na realidade de minha plebe existência te vi partir levando o cetro, a coroa, o manto e a realeza que sempre te fora próprios.
Depois que fostes de minha vida, pela longa estrada de caminhos múltiplos, eu apenas caminhei.
Por vilarejos, aldeias, cidades, estados, continentes, ilhas, povoados e países eu busquei.
E não percebi que não poderia mais te encontrar, pois no momento era o que me faltava, e nessa condição já não eras mais nada.
Hoje és apenas falta, assim acabas ainda sendo algo em minha vida.
Agora és falta, e me contento, pois ainda te tenho, mesmo que na condição de falta.

H L C

Nessa vida, a mais difícil das convivências que temos que aprender a suportar é aquela da qual não podemos evitar, nem mesmo quando sonhamos, pois, quando fazemos isso, sentimos e vemos coisas que nos dizem respeito, por mais absurdas que sejam, os nossos sonhos são projetados em nossa própria mente, e é dessa relação que eu falo a relação permanente com o nosso eu.
Percebemos que o que nos compõe, o que nos fazem permanecer vivos não é o que temos, mas aquilo que nos falta, e é nessa falta e como nos comportamos diante dela que nos diferencia uns dos outros...
Hoje o que me falta é você... Quantas vezes acordei pensando em tiver pelo menos mais uma vez, perceber no brilho do teu olhar o que sentes nesse momento, ter tua presença, mesmo que calado. Saber que estas comigo ainda que teus pensamentos vagueiem por lugares que eu desconheça. Gostaria de ouvir tua voz, mesmo que fosse me dizendo o que de mim não gosta, pelo menos não seria eu mesmo dizendo o que sei que em mim não gosto. E sabe o que não gosto de mim? Não gosto do que ainda sinto por ti, por todos esses anos, desde que te conheci ainda sinto o mesmo de quando te vi pela primeira vez dançando em minha frente com aquele olhar doce e surpreendente de quem se descobre por um instante feliz e não sei se a felicidade que vi em teus olhos era tua ou a minha refletida em você, o que sei é que foi forte demais para ta vivo em mim ate hoje, e agora depois de mais de alguns  anos sem você eu ainda sinto o mesmo daquele momento, e me pergunto porque não consegui, diferentemente de você, esquecer tudo isso, e no vazio de minha alma fazem nascer mais uma flor, não sinto mais o perfume da vida, agora só restou a fumaça do cigarro, as cinzas no cinzeiro, a bebida nos copos e o barulho ensurdecedor da noite agitada que não me deixa dormir para que eu não volte a te desejar tão deliberadamente em meus sonhos.
Será que o que me dói é mesmo a tua falta ou saber que não sentes a minha falta?
Não sei ainda responder isso, pois quando estávamos juntos nunca parei pra pensar em quando você começava e eu terminava, pois pra mim éramos como se nós compuséssemos  a mesma pessoa. Gostaria que você tivesse me dado tendo o suficiente para aprender a ti esquecer, que você tivesse me ensinado a não mais te amar, então hoje percebo que tem coisas na vida que temos que aprender só, e que ninguém poderá nos mostrar o caminho. O amor que sinto por ti ainda esta aqui comigo, pois ele é meu amor por ti, eu poderia dar a qualquer outra pessoa e ate mesmo a mim. Mais não sei se poderei me amar como amei você, o que me resta agora é saber se eu vou conseguir  me apaixonar por mim mesmo.
Dizem que Narciso apaixonado por si mergulhou, sem saber nadar, em um lado de águas limpas, apaixonado por seu próprio reflexo. Talvez seja esse o fim de todos que conseguem se amar ao ponto de não mais sentir falta de nada nem ninguém. Porém não podemos dizer que não morreram felizes. Pois a única forma de eternizarmos um momento é parando o tempo, e sabemos que o tempo só existe para os mortais, e é por isso que não posso morrer agora, pois morreria faltando você.

NOITE E DIA

Todas as noites e dias são meras repetições, nada de novo se mostra, nada de surpreendente desponta, a vida se repete, como copias tiradas de uma máquina. Então eu me pergunto, o que me motivara amanhã a sair da cama, que razão me fará despertar para enfrentar um novo dia, com a esperança de que uma vida se renova? Não sei. Resta-me a repetição de uma labuta infindável, que não me leva a lugar algum a não ser o lugar daquele que apenas trabalha para subsistir, água, gás, transporte, alimentação, estudos, aluguel, casa, cachorros, cartões, telefone, trabalho...
                                                                         Percebo que nós os humanos temos muitos tipos de fome, temos fome de sorrisos, abraços, olhares afetuosos, carinho, palavras de ânimo, de AMOR. Então não tenho medo nem vergonha de dizer que estou passando por muita fome, já não provo desses sabores a muito tempo, não sou diferente daqueles que não conseguem encher o estomago, pois eu já a  muito tempo não encho minha alma, de coisas semelhantes, e homem nenhum sobreviverá a fome, de nenhuma espécie.
                                                                         Tenho falta dos tempos em que tive minha mesa farta, de teus olhares, carinhos, afagos, beijos, a minha sobremesa era nada mais que o suor de teu corpo exausto de nossos amores. Nesse tempo eu era um nobre, um conde, um verdadeiro fidalgo. Hoje a plebe me veste, vivo de doações de amor, carinho, e afeto, mas, nada que a mim seja dado com exclusividade, são apenas doações de amigos carinhosos, e piedosos.
                                                                         Trabalharei a terra Arida da tristeza, sob o sol causticante da solidão, regarei o solo com as lágrimas secretas derramadas por ti, e esperarei com uma noite obscura seja superada por um dia sem motivação. E um dia há de brotar uma nova erva de cheiro e forte verde que me reanime, pois dela, farei um ungüento, um balsamo para as feridas de minha alma, sei que terei muitas cicatrizes, mas, sei também, que terei muitas histórias pra ensinar e um dia serás obrigado pela vida a ouvir de mim, como esquecer o passado sendo hoje melhor quem ontem.
                                                                         Isso é tudo que hoje espero da vida, que a terrível dor que sinto faça de mim um ser melhor, capaz de te entender e perceber que somos todos assim... carentes frágeis e solitários, más que podemos também, através do amor próprio nos fazermos fortes e vigorosos, esperançosos, animadores, e acolhedores de nós mesmos.
                                                                         Minha maior esperança, é que amanhã eu não me sinta melhor nem pior que ninguém, apenas, mais apaixonado e esperançosos por mim mesmo, pois esse foi o seu maior presente dado a mim, a oportunidade de na solidão de tua ausência aprender a mim amar, e sei que não te decepcionarei, aprenderei. Com toda certeza um dia ei de mim amar, e tu verás que teu abandono não foi em vão, e eu terei amor suficiente para mim e todos aqueles que me procurarem. Então tu saberás que de todas as formas fostes importante em minha vida, ate mesmo, com tua ausência, pois pra ti eu vivi, por ti eu vivo, e contigo eu viverei em meu coração, sempre te amando e te desejando, não cessarei de dizer isso a mim mesmo, EU TE AMO, e não importa e quanto isso possa ser para muitos triste ou patológico, EU TE AMO. E nisso eu tenho que acreditar, que não temos que nos envergonha dessa capacidade humana, eu prefiro saber que amo mesmo quem não pode compreender esse amor, que nunca o ter sentido nem encontrado.
                E assim, segue mais um dia e uma noite, um dia após uma noite..

Uma visita ao museu!

Hoje estive em uma visita a um museu de sonhos...
Nele, não existia estatuas de mármore, mas pessoas que marcaram minha vida...
Todas estavam fortemente imortalizadas.
Os quadros não eram pinturas em telas...
Eram sentimentos coloridos em prismas de cores infindáveis.
Não tinha músicas orquestradas...
Mas as vozes repetidas de palavras que já ouvi.
No meio do grande salão principal uma grande jóia refletia,
Mas não era a beleza de sua lapidação, ou a cor de seu mineral que reluzia...
Nesse lugar estava você, MEU AMOR.
Você como sempre se mantendo puro e precioso.
Meu amor é sem duvidas a mais bela obra de valor desse museu memorial!
Por você é que outras obras de grandeza são eternizadas,
Para que não te sintas só...
Sei que muitos te visitaram, mas não apreciaram seu valor, sua beleza, sua importância.
Mesmo que sofras, te manterei limpo por minhas lágrimas...
Lapidado por meus sorrisos...
Aquecido por meu olhar...
E se o tempo findar para as visitações, eu estarei sempre contigo, morrerei contigo.
Não te venderei, não deixarei que sejas arremato em leilões do mundo real.
Serás para sempre meu AMOR!

domingo, 4 de setembro de 2011

TUA BELEZA

Se eu fosse uma esfinge devoraria tudo que fosse belo.
Não consigo suportar a idéia de que eu não consiga possuir tua infindável beleza.
Tua beleza é uma quimera e se quimera eu fosse tu não serias belo.....
Tua beleza reflete em mim as mentiras de meus sentimentos.
Minha paixão por ti, fala do desejo que tenho de possuir tua beleza tornando-te um reflexo do meu ser.
Não te desejo refletindo diante de mim, mas como reflexo de mim.
Sou Narcisista e sei que tu também. Mas é melhor manter-mos a distância.
Pois todo Narcisista é por natureza canibal.
Decifre-me ou devoro-te!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
Todos dizem que Narciso morreu no lago em busca do reflexo de sua imagem, pois estava mortalmente apaixonado por si mesmo.... EU DIGO: Narciso foi assassinado pelo lago que não suportou a ideia nunca ter sido reconhecida sua beleza, pois Narciso nunca viu o lago, apenas a si mesmo.....
Que eu sou em tua vida???????? NARCISO OU O LAGO??????????
Se disseres que sou o lago, matar-te-ei nas profundezas do meu ser!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
Se disseres que sou Nariso, beber-te-ei e morrerei afogado por ti!
 Como vês, tudo que nos espera é a morte,,,, mas não me importa desde que morramos juntos.
Te ter em mim e não te possuir é o que mais me doi.
Só te peço que nunca deixe-me faltar o teu olha.
Esse mar de águas limpidas e suave, que me faz ver o quando pequeno sou diante te tua beleza infindável
Se não me desjas como desejo a ti, deseja-me apenas pela devoção que tenho a ti.
Desejar-te... por seres a beleza expressa em forma de arte.... é desej' arte.
Ao amigo por quem me apaixonei........................................................